OLHOU PRO CÉU

Quem vem marchando não sente
O que persiste em contemplar

Quem mora no interior
Vai buscar o interior

Quem mora na capital
Vai buscar o capital

Hoje de manhã cedo
Vejo o trem da vida passar
Nos fios brancos do cabelo
Do cego trovador

Olhou pro céu
Clareou
E o amor
Baila no ar

ALÔ BARATA

Será que Deus
E o inconsciente
Não são o mesmoA mesma coisa?

Ói eles,
Num grande campo
Consciência transformada
Percepção expandida!

Mundo de fábulas
O sem fim...
E seus personagens interiores,

Como aquela barata
Que poderia estar
No sapato
Que eu vou calçar agora.